Criamos um labirinto pra nós. Entre omissões e discussões
nos vimos perdidas em um labirinto de espelhos, daqueles bem difíceis de sair,
em que toda porta parece uma esperança. Mas não é, e damos de cara com nós
mesmas logo em seguida. Um labirinto de espelhos que me faz me enxergar de uma
forma tão cruel: eu não queria ser a pessoa que te magoa dessa forma. Te soltar
do meu abraço e fechar a porta da minha casa, sem saber se algum dia abrirei
ela novamente pra ti. Ver nossos assuntos terminando, e a tão falada promessa
de não sumir uma da vida da outra indo embora. Assim como você foi embora,
naquela manhã, por aquela porta.
Agora eu estou sozinha nesse labirinto e por onde ando eu
vejo no espelho a pessoa que destruiu o que nós tínhamos. Eu vejo confusão e
lágrimas, porque elas simplesmente brotam nos olhos e nunca param de cair. Eu
me sinto cada vez mais perdida e grito pelo seu nome, mas agora já não sei mais
em que parte desse labirinto você foi parar.
Talvez você já tenha saído dele e já nem ouve mais minha
voz.
Talvez você já tenha me esquecido.
Mas eu sigo aqui perdida, tentando encontrar a mim mesma e
as respostas que eu tanto queria. Será mesmo que elas existem? Ou estamos
fantasiando soluções para problemas que não conseguem ser resolvidos?
A confusão é uma arma letal.
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